O som do berimbau toma a escola, partindo do pátio verde do Jabuti. É lá que as crianças testam seus corpos, gingam de um lado para o outro e experimentam-se no espaço, sob os olhares do professor Tupã. Como ele mesmo diz, não se trata apenas de desenvolver habilidades psicomotoras, mas principalmente de promover a interação entre as crianças, estreitar seus laços de amizade e respeito em ambiente de alegria e movimento.
“A capoeira quando ensinada na escola tem uma abordagem pedagógica”, explica. “Trabalhamos questões como lateralidade, estruturação espacial, coordenação motora, ritmo, entre outras condutas psicomotoras. Mas o objetivo principal é desenvolver a amizade e o respeito entre os jogadores”, completa Tupã.
Nos encontros, as turmas também são instigadas a conhecer a história da capoeira, suas origens e os elementos que tradicionalmente acompanham os jogos. Assim, não faltam os típicos instrumentos musicais, como o berimbau, um convite instantâneo da capoeira aos corpos das crianças.